( EU MARIA DAS LAGRIMAS FALO NESTE DIA ESTOU AQUI NO MEIO DA MUTIDÃO NÃO FOI FALTA DE TANTO AVISOS FILHINHOS E FILHINHAS DO EXTERMINIO DOS HOMENS MAS TEM MUITAS MULHERES QUE DIRÃO MAS UM DIA AGENTE VAI MORRER MAS VOS DIGO SIM MAS NO CASO DOS HOMENS NÃO ELES PODERIAM VI VER MAIS TEMPO COM VOCÊS MAS NÃO VÃO PORQUE NÃO TEM MAIS VOLTA O EXTERMINIO DELES AO LONDO DOS TEMPOS VÃO CHORAR ESPOSAS MÃES TIAS IRMÃS PRIMAS E AMIGAS NÃO FOI FALTA DE AVISO MAS NÃO ME ESCUTARÃO AGORA VÃO PERDENDO ELES VOCÊS MULHERES FICAREM COMO UM PASSARO EM ALTO MAR PROCURANDO UM LUGAR PARA POUSAR SEUS PÉS E NÃO ENCONTRARÁS POR ISTO DIGO V JÓ 7 JÓ 17 REFLITA VIU VEJA MEU LUTO ) ____ JÓ Cap. 7 -1 A vida do homem sobre a terra é uma luta, seus dias são como os dias de um mercenário. 2 Como um escravo que suspira pela sombra, e o assalariado que espera seu soldo, 3 assim também eu tive por sorte meses de sofrimento, e noites de dor me couberam por partilha. 4 Apenas me deito, digo: Quando chegará o dia? Logo que me levanto: Quando chegará a noite? E até a noite me farto de angústias. 5 Minha carne se cobre de podridão e de imundície, minha pele racha e supura. 6 Meus dias passam mais depressa do que a lançadeira, e se desvanecem sem deixar esperança. 7 Lembra-te de que minha vida nada mais é do que um sopro, de que meus olhos não mais verão a felicidade; 8 o olho que me via não mais me verá, o teu me procurará, e já não existirei. 9 A nuvem se dissipa e passa: assim, quem desce à região dos mortos não subirá de novo; 10 não voltará mais à sua casa, sua morada não mais o reconhecerá. 11 E por isso não reprimirei minha língua, falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na tristeza de minha alma: 12 Porventura, sou eu o mar ou um monstro marinho, para me teres posto um guarda contra mim? 13 Se eu disser: Consolar-me-á o meu leito, e a minha cama me aliviará, 14 tu me aterrarás com sonhos, e me horrorizarás com visões. 15 Preferiria ser estrangulado; antes a morte do que meus tormentos! 16 Sucumbo, deixo de viver para sempre; deixa-me; pois meus dias são apenas um sopro. 17 O que é um homem para fazeres tanto caso dele, para te dignares ocupar-te dele, 18 para visitá-lo todas as manhãs, e prová-lo a cada instante? 19 Quando cessarás de olhar para mim, e deixarás que eu engula minha saliva? 20 Se pequei, que mal te fiz, ó guarda dos homens? Por que me tomas por alvo, e me tornei pesado a ti? 21 Por que não toleras meu pecado e não apagas minha culpa? Eis que vou logo me deitar por terra; tu me procurarás, e já não existirei. _____ JÓ Cap. 14-1 O homem nascido da mulher vive pouco tempo e é cheio de muitas misérias; 2 é como uma flor que germina e logo fenece, uma sombra que foge sem parar. 3 E é sobre ele que abres os olhos, e o chamas a juízo contigo. 4 Quem fará sair o puro do impuro? Ninguém. 5 Se seus dias estão contados, se em teu poder está o número dos seus meses, e fixado um limite que ele não ultrapassará, 6 afasta dele os teus olhos; deixa-o até que acabe o seu dia como um trabalhador. 7 Para uma árvore, há esperança; cortada, pode reverdecer, e os seus ramos brotam. 8 Quando sua raiz tiver envelhecido na terra, e seu tronco estiver morto no solo, 9 ao contato com a água, tornar-se-á verde de novo, e distenderá ramos como uma jovem planta. 10 Mas quando o homem morre, fica estendido; o mortal expira; onde está ele? 11 As águas correm do lago, o rio se esgota e seca; 12 assim o homem se deita para não mais levantar. Durante toda a duração dos céus, ele não despertará; jamais sairá de seu sono. 13 Se, pelo menos, me escondesses na região dos mortos, ao abrigo, até que tua cólera tivesse passado, se me fixasses um limite em que te lembrasses de mim! 14 Se um homem, uma vez morto, pudesse reviver! Todo o tempo de meu combate eu esperaria até que me viessem soerguer, 15 tu me chamarias e eu te responderia; estenderias a tua destra para a obra de tuas mãos. 16 Mas agora contas os meus passos, e observas todos os meus pecados; 17 tu selaste como num saco os meus crimes, puseste um sinal sobre minhas iniqüidades. 18 Mas a montanha acaba por cair, e o rochedo desmorona longe de seu lugar; 19 as águas escavam a pedra, o aluvião leva a terra móvel; assim aniquilas a esperança do homem. 20 Tu o pões por terra; ele se vai embora para sempre; tu o desfiguras e o mandas embora. 21 Estejam os seus filhos honrados, ele o ignora; sejam eles humilhados, não faz caso. 22 É somente por ele que sua carne sofre; sua alma só se lamenta por ele. _____ JÓ Cap. 17-1 O sopro de minha vida vai-se consumindo, os meus dias se apagam, só me resta o sepulcro. 2 Estou cercado por zombadores, meu olho vela por causa de seus ultrajes. 3 Sê tu mesmo a minha caução junto de ti, e quem ousará bater em minha mão? 4 Pois fechaste o seu coração à inteligência, por isto não os deixarás triunfar. 5 Há quem convide seus amigos à partilha, quando desfalecem os olhos de seus filhos. 6 Ele me reduziu a ser a fábula dos povos, e me cospem no rosto. 7 Meus olhos estão atingidos pela tristeza, todo o meu corpo não é mais que uma sombra. 8 As pessoas retas estão estupefactas, e o inocente se irrita contra o ímpio; 9 o justo, entretanto, persiste no seu caminho, o homem de mãos puras redobra de coragem. 10 Mas vós todos voltai, vinde, pois não acharei entre vós nenhum sábio? 11 Meus dias se esgotam, meus projetos estão aniquilados, frustraram-se os projetos do meu coração. 12 Fazem da noite, dia, a luz da manhã é para mim como trevas. 13 Deverei esperar? A região dos mortos é a minha morada, preparo meu leito no local tenebroso. 14 Disse ao sepulcro: És meu pai, e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã. 15 Onde está, pois, minha esperança? E minha felicidade, quem a entrevê? 16 Descerão elas comigo à região dos mortos, e nos afundaremos juntos na terra?
Cidinha Davilla 06/07/2010 Vitória ES